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Sou um homem sensível. Amo a natureza e os animais e sou adepto da filosofia da "Ecologia Profunda". Sou taoísta, vegetariano e apaixonado pela cultura tradicional chinesa e indígena brasileira. Valorizo as coisas simples da vida e sou extremamente ANTI-MATERIALISMO e ANTI-CONSUMISMO. Sou do signo de peixes, ascendente em libra, signo do horóscopo chinês cavalo, elemento terra, signo no horóscopo xamânico Lobo. Facebook: Paulo H. M. Lütkenhaus. Bem vindos ao meu singelo espaço. Opiniões, críticas e/ou sugestões serão bem aceitas. Siga meu blog. Obrigado por sua visita!!!

Diagrama de Venn das Principais Vertententes Políticas Existentes no Mundo

Diagrama de Venn das Principais Vertententes Políticas Existentes no Mundo

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Lula culpa mídia por parte dos crimes contra jovens

Adorei o que o presidente falou e concordo. Leiam:


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou ontem parcialmente os meios de comunicação de massa pela ocorrência de crimes sexuais contra crianças e adolescentes durante o 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Rio. Segundo ele, a mídia contribui com sua programação para a degradação da família com a divulgação sem limite de cenas de sexo e violência. Lula criticou a falta de programação cultural de qualidade dirigida aos públicos infantil e jovem na TV.

De acordo com o presidente, o crescimento do número de menores submetidos a ataques sexuais não é causado apenas pela pobreza que, admitiu, muitas vezes leva a criança a "vender seus corpos por um prato de comida". "Um outro ingrediente, além do econômico, é o processo de degradação a que está submetida a humanidade, a partir da família, pela qualidade das informações que recebemos pelos meios de comunicações 24 horas por dia", afirmou o presidente. "Na hora em que a família entra num processo de degradação que passa pelo econômico, passa pelo social mas passa pelo que ela vê na televisão 24 horas por dia. Quem tem televisão a cabo, sabe do que falo. É sexo e violência de manhã, de tarde e de noite. Quantos programas culturais temos nas televisões para que as crianças possam ver às 7h, às 10h, ao meio-dia, 14h, 18h?" Projeto de lei que torna mais clara a legislação contra material pornográfico contra crianças e adolescentes foi sancionado por Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://br.rd.yahoo.com/dailynews/rss/manchetes/*http://br.noticias.yahoo.com/s/26112008/25/manchetes-lula-culpa-midia-parte-dos.html

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Gagged in Brazil - Censura na Imprensa

Documentário Internacional de DENÚNCIAS GRAVES SOBRE AÉCIO NEVES (atual governador de Minas Gerais / Brasil).

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

QUEM É MÁRCIO LACERDA? (VEJA AQUI A REPORTAGEM SOBRE O CANDIDATO QUE O GOVERNADOR AÉCIO NEVES MANDOU TIRAR DA INTERNET!!!)

Repassando, notícias sobre a vida do candidato a prefeito mais rico do Brasil...

Todo mundo sabe que o Márcio Lacerda está envolvido no esquema do Mensalão. Poucos sabem como esse candidato formou o seu patrimônio de R$55 milhões. A matéria abaixo foi publicada no NovoJornal (www.novojornal. com.br). Curiosamente, dois dias depois, o Ministério Público, por solicitação de Aécio Neves, tirou o site do ar. QUEM É MÁRCIO LACERDA? Com a aprovação de seu nome como candidato do PSB, em aliança com o PT, para a sucessão municipal em Belo Horizonte, começa a vir à tona denúncia envolvendo o atual secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Marcio Lacerda (PSB).Segundo uma das denúncias, o crescimento patrimonial de Marcio Lacerda ocorreu quando o mesmo comandava as empresas de telecomunicações Construtel e Batik, de sua propriedade, nos anos 80 e 90.Neste período, seu principal contato era Roberto Lamoglia, que esteve na direção da Telemig, posteriormente, na da Telebrás.À época, a Telemig esteve entregue a Saulo Coelho. A Polícia Federal abriu, no período, inquéritos para apurar irregularidades que envolvia diversos personagens do PSDB e outros que migraram para o PTB.A Construtel chegou a faturar em 1998 US$ 255 milhões. Com a privatização das empresas do setor de telefonia, os negócios de Marcio Lacerda começaram a cair.Os lucros despencaram abruptamente. Em 2004, o faturamento da Construtel foi de R$ 2,4 milhões. Logo depois, ele vendeu a Batik e desativou a Construtel.A correspondência encaminhada ao Novojornal, acompanhada de documentação, comprova o superfaturamento no fornecimento das centrais telefônicas de suas empresas à Telemig e à Telebrás, demonstrando ainda que Marcio Lacerda dividia parte dos "lucros" com o então diretor das estatais, Roberto Lamoglia.A documentação é extensa e envolve outros políticos e ex-políticos mineiros do PSDB, PTB e PP. As informações são tão graves que antes de divulgar o nome dos envolvidos Novojornal decidiu por solicitar pareceres e certidões.O esquema montado por Marcio Lacerda chegou, inclusive, a ser questionado pelo Tribunal de Contas da União e por entidades representativas dos setores patronal e sindical.Subscritores da denúncia, à época, e atuais integrantes do grupo que encaminhou a documentação para o Novojornal alegam que o fazem na defesa do patrimônio público, acrescentando: "Lacerda, naquela época, não ocupava nenhum cargo público. No entanto, conseguiu se enriquecer fazendo negociatas com empresas públicas. Imaginem este senhor nocargo de prefeito de Belo Horizonte! Não vai sobrar para ninguém."DoaçõesPreferido do governador tucano de Minas Gerais e do prefeito de BH, Fernando Pimentel (PT), para ser candidato da pretendida aliança eleitoral PSDB-PT na capital mineira, Marcio Lacerda doou para campanhas eleitorais o valor de R$ 1,15 milhão em 2002.As doações foram feitas em nome de Marcio Lacerda (R$ 750 mil) e da Construtel Projetos e Construções (R$ 400 mil).Em 2002, o generoso Marcio Lacerda doou a Ciro Gomes, candidato a presidente pelo PPS, a quantia de R$ 950 mil - 82% do total arrecadado.Não por outro motivo, ele foi escolhido por Ciro para ocupar o cargo de secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional.O segundo maior beneficiado, com R$ 100 mil, foi o presidente do PPS, Roberto Freire (PE), candidato a deputado federal naquela ocasião.Também receberam doações os candidatos a deputado federal pelo PPS-MG, Juarez Amorim, atual diretor da Copasa, além de Sérgio Miranda, R$ 10 mil.O candidato a deputado estadual pelo PT-MT Gilney Amorim Viana recebeu R$ 50 mil.MensaleiroEm 2005, Lacerda deixou o Ministério da Integração Nacional após seu nome aparecer como suposto beneficiário de R$ 457 mil do esquema do mensalão.De acordo com o publicitário Marcos Valério, o dinheiro teria sido pago em duas parcelas, em 2003.Na ocasião, o então secretário-executivo da Integração Nacional confirmou três encontros com o publicitário.Valério registra um primeiro pagamento a Lacerda, no valor de R$ 300 mil, em 16 de abril de 2003. O segundo pagamento, de R$ 157 mil, teria sido feito dois meses depois, em 17 de junho.Em abril de 2007, Lacerda aceitou o convite do governador mineiro para ser secretário. Cinco meses depois, ele foi filiado ao PSB pelo tucano, que já pensava em um nome de um partido neutro para uma aliança PSDB-PT.O deputado federal e presidenciável Ciro Gomes (PSB-CE) é um dos que trabalha pela aliança.

sábado, 20 de setembro de 2008

Chuva de Pedra em Belo Horizonte, dia 17/09/2008 - Parte 3

E ainda existem alguns pseudo "cientistas" COMPRADOS pelas grandes corporações transnacionais INDUSTRIAIS e PETROLÍFERAS que tem a OUSADIA de dizer que as ações humanas NÃO alteram o clima na Terra e que as alterações climáticas e fenômenos climáticos hoje em dia presenciados são NORMAIS!!!
POR ISSO DEVEMOS ODIAR O CAPITALISMO E PENSAR EM UM NOVO SISTEMA ECONÔMICO PARA SUBSTITUÍ-LO EM ÂMBITO GLOBAL!

Chuva de Pedra em Belo Horizonte, dia 17/09/2008 - Parte 2

E ainda existem alguns pseudo "cientistas" COMPRADOS pelas grandes corporações transnacionais INDUSTRIAIS e PETROLÍFERAS que tem a OUSADIA de dizer que as ações humanas NÃO alteram o clima na Terra e que as alterações climáticas e fenômenos climáticos hoje em dia presenciados são NORMAIS!!!
POR ISSO DEVEMOS ODIAR O CAPITALISMO E PENSAR EM UM NOVO SISTEMA ECONÔMICO PARA SUBSTITUÍ-LO EM ÂMBITO GLOBAL!

Chuva de Pedra em Belo Horizonte - 17/09/2008

E ainda existem alguns pseudo "cientistas" COMPRADOS pelas grandes corporações transnacionais INDUSTRIAIS e PETROLÍFERAS que tem a OUSADIA de dizer que as ações humanas NÃO alteram o clima na Terra e que as alterações climáticas e fenômenos climáticos hoje em dia presenciados são NORMAIS!!!
POR ISSO DEVEMOS ODIAR O CAPITALISMO E PENSAR EM UM NOVO SISTEMA ECONÔMICO PARA SUBSTITUÍ-LO EM ÂMBITO GLOBAL!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Artigo de Reinaldo José Lopes - Bom para se pensar...

Faça a coisa certa
Os leitores desta coluna talvez se lembrem da mania do escriba que vos fala de introduzir assuntos com alguma citação literária afrescalhada. Só para não perder o costume, anotem aí: Nature, red in tooth and claw – “Natureza, rubra em dente e garra”, dizia o britânico Alfred, Lorde Tennyson, em seu poema “In Memoriam A.H.H.”, de 1849. A obra é dez anos mais velha que “A Origem das Espécies”, de Darwin, mas esse pedaço de verso acabou virando uma das caricaturas favoritas do mundo visto pelas lentes da seleção natural. A natureza darwiniana, tal como a do poema, seria essencialmente sanguinolenta – um lugar desagradável e amoral, no qual tudo é permitido em nome do sucesso reprodutivo. Certo e errado? Ora, isso é para os fracos.
Alguns dos inimigos ferrenhos da biologia evolutiva deitam e rolam em cima dessa caricatura, argumentando que aceitar a seleção natural como o principal mecanismo gerador da diversidade da vida equivale a atirar pela janela as conquistas mais caras à moralidade ocidental. Vamos deixar de lado o detalhe de que um fato rejeitado pela nossa ideologia não vai embora nem deixa de ser um fato por causa disso. Deixemos de lado, também, a boa e velha falácia naturalista, que eu já tive ocasião de malhar aqui mais de uma vez: dizer que algo é natural não equivale a dizer que aquilo é o certo. A questão aqui é mais básica. OK, a biologia evolutiva ensina que os seres vivos às vezes são um bocado filhos da mãe quando querem passar seus genes adiante, mas também sugere que o nosso senso de certo e errado pode ser usado para os mesmíssimos fins. Ser bondoso e compassivo, do ponto de vista da seleção natural, pode ser uma estratégia tão válida quanto tentar passar a perna em todo mundo. E é isso que quero demonstrar nos próximos parágrafos.

Voz do coração
Como é sempre bom começar no nível micro para depois chegar ao macro, lembremo-nos, em primeiro lugar, de que nenhum homem é uma ilha. Aliás, nenhum primata é uma ilha, poucos mamíferos são uma ilha, e há inúmeras espécies de vertebrados e invertebrados que jamais serão ilhas. A vida em sociedade é uma excelente estratégia evolutiva, “inventada” (inconscientemente, claro, pelamordeDeus) inúmeras vezes reino animal afora. E a essência da vida social é a interdependência entre os membros do grupo. Antes que os humanos criassem a monarquia absoluta e o monopólio da força (leia-se: da capacidade de encher os outros de porrada) pelo Estado, nenhum animal era poderoso o suficiente para fazer o que quisesse com os membros de seu grupo. Embora os aproveitadores sempre façam das suas, há uma recompensa clara para as sociedades capazes de detectá-los e puni-los.
Essa é uma das raízes das nossas emoções sociais: nosso senso de justiça, a raiva que sentimos diante de trapaceiros e safados em geral, parece derivar diretamente da necessidade de manter os trapaceiros sob controle e salvaguardar as vantagens da vida em grupo. A segurança ligada a andar em bando, o compartilhamento de comida, o uso de sentinelas para alertar contra predadores, entre outros prós de viver em sociedade, são maximizados para todos se ninguém resolver bancar o espertinho.
De forma mais positiva, a vida em grupo também impulsiona instintos como a empatia e a solidariedade, em especial porque, ao conviver no mesmo elemento social, a tendência é que haja interações repetidas entre os vários membros do bando. Passa a valer o lema de que uma mão lava a outra: o instinto de ajudar um companheiro necessitado, que vai se lembrar da boa ação mais tarde, reverte-se em vantagem para você quando for a sua vez de estar em apuros.
Parece até piada, mas os morcegos-vampiros, esses monstrinhos legendários, representam o caso mais saliente de troca de gentilezas do gênero mencionado acima. É relativamente comum que, se um dos bichos alados obtém uma quantidade particularmente substanciosa de sangue em dada noite, ao menos algumas gotas do líquido vão para outro morcego que não conseguiu caçar e poderia morrer de inanição. E o favor costuma ser devolvido com freqüência.

Um conto de dois prisioneiros
Até aqui, espero que tudo esteja fazendo sentido. Temos, no entanto, um problema. Uma sociedade muito certinha, em que todo mundo cumpre as regras, pode se tornar presa fácil de trapaceiros que tomam partido da incapacidade dos outros de coibir sua ação. Afinal, beneficiar-se da proteção social sem ter de pagar o preço da reciprocidade (ou seja, de também seguir as regras) pode ser muito bom para o trapaceiro e sua descendência. Com isso, a confiança que é a base de qualquer interação social corre o risco de se esvair e levar tudo para o buraco. Trata-se, no fundo, de uma variante do famoso Dilema do Prisioneiro, um dos jogos mais simples e fascinantes que existem.
O nome vem do cenário mais comum para o jogo, que na verdade envolve dois prisioneiros. Imagine que você e um comparsa cometeram um crime, foram parar no xilindró e estão aguardando julgamento em celas separadas. E, separadamente, são interrogados. Cada um dos policiais que estão tentando cooptar vocês oferece a liberdade caso um resolva dedar o outro. Se nenhum de vocês entregar o outro, o mais provável é que ambos cumpram uma pena leve e sejam libertados. Se um trair o companheiro, sai livre, enquanto o outro pega uma pena pesada. E, se os dois optarem pela traição, ambos ficam atrás das grades.
A perversidade da coisa é que, racionalmente, sempre vale a pena trair. Afinal, você e seu comparsa estão incomunicáveis, e ninguém gostaria de correr o risco de ficar na posição de trouxa, demonstrando lealdade enquanto o “companheiro” pode sair da cadeia te colocando na fogueira. O exemplo da cadeia é só uma das encarnações do dilema do prisioneiro. Pode-se muito bem argumentar que a corrida nuclear é uma versão apocalíptica do jogo: não é à toa que os americanos costumavam dizer Better dead than red (Melhor morto do que comunista) no auge da Guerra Fria. Como justificar o desarmamento se seu oponente tem um arsenal suficiente para acabar com a sua civilização? É melhor se armar até os dentes também e garantir, pelo menos, que você também vai aniquilar o safado caso alguém seja estúpido o suficiente para apertar o botão.

A sombra do futuro
Há, no entanto, uma saída honrosa para o Dilema do Prisioneiro. Basta que, no dizer dos especialistas em teoria dos jogos, a “sombra do futuro” seja longa. Quer dizer, é necessário que interação entre os oponentes ocorra durante um intervalo significativo de tempo, e não numa única vez. No fundo, isso está muito mais próximo do mundo real: como ninguém vive no anonimato, é bem provável que, se passarmos a perna em alguém no nosso trabalho ou no nosso grupo de amigos, essa pessoa terá a chance de revidar no futuro.
Ora, anos atrás, o cientista político americano Robert Axelrod organizou uma série de competições envolvendo o Dilema do Prisioneiro com uma “sombra do futuro” longa, de 200 rodadas. Axelrod convocou cientistas de todos os calibres para elaborar estratégias – programas de computador que competiriam uns contra os outros para ver quem levaria mais pontos no jogo. A pontuação era o equivalente matemático dos resultados do dilema: uma recompensa considerável quando os dois jogadores cooperassem, uma recompensa gigante para o traidor no caso de seu oponente não trair, uma punição severa para ambos caso os dois traíssem.
Dezenas de programas diferentes se enfrentaram, num esquema todos contra todos, e a pontuação foi computada. O vencedor? Um programa tão simples que seu criador, o finado psicólogo americano de origem russa Anatol Rapoport (1911-2007), só precisou de quatro linhas de código computacional para montá-lo. Seu apelido? “Tit for Tat” ou “Olho por Olho”. As instruções envolviam, primeiro, sempre cooperar na rodada inicial do jogo. Depois, o programa era orientado a copiar a jogada de seu oponente na rodada anterior. Se ele cooperava, o Olho por Olho também cooperava; se traía, ele retaliava a traição.
Duas características do Olho por Olho saltam aos nossos olhos como essencialmente morais. Ele não é maldoso, ou seja, nunca inicia um ciclo de traições. E não é rancoroso: se você for bonzinho com ele, a cooperação será constante, e ambos sairão lucrando sem parar. Finalmente, ele não é um idiota: deixa claro que há conseqüências sérias para o ato de passar a perna nos outros só para levar vantagem. Essa combinação se mostrou tão vencedora que nenhuma simulação do Dilema do Prisioneiro até hoje conseguiu trazer à baila um programa que derrotasse o Olho por Olho.
Longe de mim querer bancar o Obi-Wan Kenobi, mas tudo isso talvez indique que deveríamos confirmar mais nos nossos instintos sociais e ter uma visão menos pessimista de como a seleção natural nos moldou. Gentileza e compaixão, se temperadas com justiça, aparentemente são características de vencedores, e não de perdedores, como às vezes querem nos fazer crer. Nos dilemas do prisioneiro que enfrentamos todo dia, dá para tentar fazer com que todo mundo deixe de ver o sol nascer quadrado.


Por: Reinaldo José Lopes

quarta-feira, 2 de julho de 2008

APRENDENDO DEMOCRACIA COM OS ANIMAIS - (Pelo filósofo: Luciano Lisboa de Andrade)


A palavra democracia vem do grego (demo krateia) e significa "governo do povo". Formalmente, diz-se que é o Regime Político que se funda na soberania popular, na liberdade eleitoral, na divisão dos poderes e no controle da autoridade.

Alguns afirmam que regimes democráticos já existiam em sociedades tribais, mas parece que foram os gregos - 500 anos antes de Cristo - os Primeiros a inventarem uma legítima "Democracia Política Direta" onde todo e qualquer cidadão não-escravo e não-estrangeiro poderia, no mesmo momento, expor o seu voto e sua opinião.

O tempo passou e a democracia só voltou a ser lembrada pelas mentes geniais de Montesquieu, Locke e Rousseau, que estabeleceram as bases teóricas daquilo que conhecemos e adotamos como "Democracia Constitucional", que mistura ideais revolucionários de "Igualdade, Liberdade e Fraternidade" com construções teóricas como "o poder deve ser dividido em executivo, legislativo e judiciário, evitando, desta forma, qualquer tipo de totalitarismo".

SERÁ MESMO?

Tudo é muito bonito no papel, mas e nas ações dos homens? As pessoas possuem mesmo igualdade de direitos e oportunidades mesmo nos EUA? A "Liberdade" é legítima? Quanto mais dinheiro você tem mais "Liberdade" tem também? E a "Fraternidade", então? Vizinhos morrem no apartamento ao lado e ninguém fica sabendo! Nunca se vendeu tantos animais de estimação (legais ou ilegais), e grupos novaiorquinos "vendem" abraços por alguns dólares!

E o povo? Será que cada um de nós estaria realmente preparado para agir como um grego e falar em voz alta: "Eu voto em X e não em Y", "Eu defendo a posição tal com convicção". Será que o nosso cidadão não estará "contaminado" por tudo aquilo que ele viu na televisão ou leu nos jornais e revistas?

A "democracia humana" não me parece lá muito boa afinal (vide os resultados atuais) e por isso proponho a adoção de alguns princípios de uma espécie de "Democracia Animal", observem (todos os dados foram retirados das pesquisas de dois biólogos da Universidade de Sunsex, na Inglaterra: Larissa Conradt & Tim Roper).


1°) A vontade da maioria. Quando ela é respeitada, todos lucram.

2°) Cada membro pode influenciar o grupo. É preciso ser responsável. O veado-vermelho (Cervus elaphus) pára de se alimentar, mesmo com fome, quando o grupo decide partir. Se fosse egoísta atrapalharia a marcha do grupo e colocaria a si mesmo em perigo.

3°) O grupo de Cervus elaphus entra em acordo tácito sobre o melhor momento de parar e o melhor momento de marchar. O "número mágico" é de 60%. Se 60% pára de andar, todo o resto pára também querendo ou não. Se 60% se levanta e anda, todos os outros se levantam também.

4°) Entre os gorilas (Gorilla gorilla) e elefantes (Loxodonta africanus) temos um grande exemplo de bom senso: só os mais "sábios" do grupo têm poder de decisão: interessante saber que não é o famoso "macho-alpha" o responsável exclusivo pela escolha dos caminhos a serem seguidos. Todo o grupo de machos e fêmeas maduras (no caso dos elefantes temos um só macho e várias fêmeas adultas) é responsável pelas decisões, enquanto os mais jovens não "apitam nada". Não seria esta uma lição para os homens para que estes passem a votar com a idade mínima de 25 anos?!