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Sou um homem sensível. Amo a natureza e os animais e sou adepto da filosofia da "Ecologia Profunda". Sou taoísta, vegetariano e apaixonado pela cultura tradicional chinesa e indígena brasileira. Valorizo as coisas simples da vida e sou extremamente ANTI-MATERIALISMO e ANTI-CONSUMISMO. Sou do signo de peixes, ascendente em libra, signo do horóscopo chinês cavalo, elemento terra, signo no horóscopo xamânico Lobo. Facebook: Paulo H. M. Lütkenhaus. Bem vindos ao meu singelo espaço. Opiniões, críticas e/ou sugestões serão bem aceitas. Siga meu blog. Obrigado por sua visita!!!

Diagrama de Venn das Principais Vertententes Políticas Existentes no Mundo

Diagrama de Venn das Principais Vertententes Políticas Existentes no Mundo

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Lula culpa mídia por parte dos crimes contra jovens

Adorei o que o presidente falou e concordo. Leiam:


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou ontem parcialmente os meios de comunicação de massa pela ocorrência de crimes sexuais contra crianças e adolescentes durante o 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Rio. Segundo ele, a mídia contribui com sua programação para a degradação da família com a divulgação sem limite de cenas de sexo e violência. Lula criticou a falta de programação cultural de qualidade dirigida aos públicos infantil e jovem na TV.

De acordo com o presidente, o crescimento do número de menores submetidos a ataques sexuais não é causado apenas pela pobreza que, admitiu, muitas vezes leva a criança a "vender seus corpos por um prato de comida". "Um outro ingrediente, além do econômico, é o processo de degradação a que está submetida a humanidade, a partir da família, pela qualidade das informações que recebemos pelos meios de comunicações 24 horas por dia", afirmou o presidente. "Na hora em que a família entra num processo de degradação que passa pelo econômico, passa pelo social mas passa pelo que ela vê na televisão 24 horas por dia. Quem tem televisão a cabo, sabe do que falo. É sexo e violência de manhã, de tarde e de noite. Quantos programas culturais temos nas televisões para que as crianças possam ver às 7h, às 10h, ao meio-dia, 14h, 18h?" Projeto de lei que torna mais clara a legislação contra material pornográfico contra crianças e adolescentes foi sancionado por Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://br.rd.yahoo.com/dailynews/rss/manchetes/*http://br.noticias.yahoo.com/s/26112008/25/manchetes-lula-culpa-midia-parte-dos.html

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Gagged in Brazil - Censura na Imprensa

Documentário Internacional de DENÚNCIAS GRAVES SOBRE AÉCIO NEVES (atual governador de Minas Gerais / Brasil).

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

QUEM É MÁRCIO LACERDA? (VEJA AQUI A REPORTAGEM SOBRE O CANDIDATO QUE O GOVERNADOR AÉCIO NEVES MANDOU TIRAR DA INTERNET!!!)

Repassando, notícias sobre a vida do candidato a prefeito mais rico do Brasil...

Todo mundo sabe que o Márcio Lacerda está envolvido no esquema do Mensalão. Poucos sabem como esse candidato formou o seu patrimônio de R$55 milhões. A matéria abaixo foi publicada no NovoJornal (www.novojornal. com.br). Curiosamente, dois dias depois, o Ministério Público, por solicitação de Aécio Neves, tirou o site do ar. QUEM É MÁRCIO LACERDA? Com a aprovação de seu nome como candidato do PSB, em aliança com o PT, para a sucessão municipal em Belo Horizonte, começa a vir à tona denúncia envolvendo o atual secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Marcio Lacerda (PSB).Segundo uma das denúncias, o crescimento patrimonial de Marcio Lacerda ocorreu quando o mesmo comandava as empresas de telecomunicações Construtel e Batik, de sua propriedade, nos anos 80 e 90.Neste período, seu principal contato era Roberto Lamoglia, que esteve na direção da Telemig, posteriormente, na da Telebrás.À época, a Telemig esteve entregue a Saulo Coelho. A Polícia Federal abriu, no período, inquéritos para apurar irregularidades que envolvia diversos personagens do PSDB e outros que migraram para o PTB.A Construtel chegou a faturar em 1998 US$ 255 milhões. Com a privatização das empresas do setor de telefonia, os negócios de Marcio Lacerda começaram a cair.Os lucros despencaram abruptamente. Em 2004, o faturamento da Construtel foi de R$ 2,4 milhões. Logo depois, ele vendeu a Batik e desativou a Construtel.A correspondência encaminhada ao Novojornal, acompanhada de documentação, comprova o superfaturamento no fornecimento das centrais telefônicas de suas empresas à Telemig e à Telebrás, demonstrando ainda que Marcio Lacerda dividia parte dos "lucros" com o então diretor das estatais, Roberto Lamoglia.A documentação é extensa e envolve outros políticos e ex-políticos mineiros do PSDB, PTB e PP. As informações são tão graves que antes de divulgar o nome dos envolvidos Novojornal decidiu por solicitar pareceres e certidões.O esquema montado por Marcio Lacerda chegou, inclusive, a ser questionado pelo Tribunal de Contas da União e por entidades representativas dos setores patronal e sindical.Subscritores da denúncia, à época, e atuais integrantes do grupo que encaminhou a documentação para o Novojornal alegam que o fazem na defesa do patrimônio público, acrescentando: "Lacerda, naquela época, não ocupava nenhum cargo público. No entanto, conseguiu se enriquecer fazendo negociatas com empresas públicas. Imaginem este senhor nocargo de prefeito de Belo Horizonte! Não vai sobrar para ninguém."DoaçõesPreferido do governador tucano de Minas Gerais e do prefeito de BH, Fernando Pimentel (PT), para ser candidato da pretendida aliança eleitoral PSDB-PT na capital mineira, Marcio Lacerda doou para campanhas eleitorais o valor de R$ 1,15 milhão em 2002.As doações foram feitas em nome de Marcio Lacerda (R$ 750 mil) e da Construtel Projetos e Construções (R$ 400 mil).Em 2002, o generoso Marcio Lacerda doou a Ciro Gomes, candidato a presidente pelo PPS, a quantia de R$ 950 mil - 82% do total arrecadado.Não por outro motivo, ele foi escolhido por Ciro para ocupar o cargo de secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional.O segundo maior beneficiado, com R$ 100 mil, foi o presidente do PPS, Roberto Freire (PE), candidato a deputado federal naquela ocasião.Também receberam doações os candidatos a deputado federal pelo PPS-MG, Juarez Amorim, atual diretor da Copasa, além de Sérgio Miranda, R$ 10 mil.O candidato a deputado estadual pelo PT-MT Gilney Amorim Viana recebeu R$ 50 mil.MensaleiroEm 2005, Lacerda deixou o Ministério da Integração Nacional após seu nome aparecer como suposto beneficiário de R$ 457 mil do esquema do mensalão.De acordo com o publicitário Marcos Valério, o dinheiro teria sido pago em duas parcelas, em 2003.Na ocasião, o então secretário-executivo da Integração Nacional confirmou três encontros com o publicitário.Valério registra um primeiro pagamento a Lacerda, no valor de R$ 300 mil, em 16 de abril de 2003. O segundo pagamento, de R$ 157 mil, teria sido feito dois meses depois, em 17 de junho.Em abril de 2007, Lacerda aceitou o convite do governador mineiro para ser secretário. Cinco meses depois, ele foi filiado ao PSB pelo tucano, que já pensava em um nome de um partido neutro para uma aliança PSDB-PT.O deputado federal e presidenciável Ciro Gomes (PSB-CE) é um dos que trabalha pela aliança.

sábado, 20 de setembro de 2008

Chuva de Pedra em Belo Horizonte, dia 17/09/2008 - Parte 3

E ainda existem alguns pseudo "cientistas" COMPRADOS pelas grandes corporações transnacionais INDUSTRIAIS e PETROLÍFERAS que tem a OUSADIA de dizer que as ações humanas NÃO alteram o clima na Terra e que as alterações climáticas e fenômenos climáticos hoje em dia presenciados são NORMAIS!!!
POR ISSO DEVEMOS ODIAR O CAPITALISMO E PENSAR EM UM NOVO SISTEMA ECONÔMICO PARA SUBSTITUÍ-LO EM ÂMBITO GLOBAL!

Chuva de Pedra em Belo Horizonte, dia 17/09/2008 - Parte 2

E ainda existem alguns pseudo "cientistas" COMPRADOS pelas grandes corporações transnacionais INDUSTRIAIS e PETROLÍFERAS que tem a OUSADIA de dizer que as ações humanas NÃO alteram o clima na Terra e que as alterações climáticas e fenômenos climáticos hoje em dia presenciados são NORMAIS!!!
POR ISSO DEVEMOS ODIAR O CAPITALISMO E PENSAR EM UM NOVO SISTEMA ECONÔMICO PARA SUBSTITUÍ-LO EM ÂMBITO GLOBAL!

Chuva de Pedra em Belo Horizonte - 17/09/2008

E ainda existem alguns pseudo "cientistas" COMPRADOS pelas grandes corporações transnacionais INDUSTRIAIS e PETROLÍFERAS que tem a OUSADIA de dizer que as ações humanas NÃO alteram o clima na Terra e que as alterações climáticas e fenômenos climáticos hoje em dia presenciados são NORMAIS!!!
POR ISSO DEVEMOS ODIAR O CAPITALISMO E PENSAR EM UM NOVO SISTEMA ECONÔMICO PARA SUBSTITUÍ-LO EM ÂMBITO GLOBAL!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Artigo de Reinaldo José Lopes - Bom para se pensar...

Faça a coisa certa
Os leitores desta coluna talvez se lembrem da mania do escriba que vos fala de introduzir assuntos com alguma citação literária afrescalhada. Só para não perder o costume, anotem aí: Nature, red in tooth and claw – “Natureza, rubra em dente e garra”, dizia o britânico Alfred, Lorde Tennyson, em seu poema “In Memoriam A.H.H.”, de 1849. A obra é dez anos mais velha que “A Origem das Espécies”, de Darwin, mas esse pedaço de verso acabou virando uma das caricaturas favoritas do mundo visto pelas lentes da seleção natural. A natureza darwiniana, tal como a do poema, seria essencialmente sanguinolenta – um lugar desagradável e amoral, no qual tudo é permitido em nome do sucesso reprodutivo. Certo e errado? Ora, isso é para os fracos.
Alguns dos inimigos ferrenhos da biologia evolutiva deitam e rolam em cima dessa caricatura, argumentando que aceitar a seleção natural como o principal mecanismo gerador da diversidade da vida equivale a atirar pela janela as conquistas mais caras à moralidade ocidental. Vamos deixar de lado o detalhe de que um fato rejeitado pela nossa ideologia não vai embora nem deixa de ser um fato por causa disso. Deixemos de lado, também, a boa e velha falácia naturalista, que eu já tive ocasião de malhar aqui mais de uma vez: dizer que algo é natural não equivale a dizer que aquilo é o certo. A questão aqui é mais básica. OK, a biologia evolutiva ensina que os seres vivos às vezes são um bocado filhos da mãe quando querem passar seus genes adiante, mas também sugere que o nosso senso de certo e errado pode ser usado para os mesmíssimos fins. Ser bondoso e compassivo, do ponto de vista da seleção natural, pode ser uma estratégia tão válida quanto tentar passar a perna em todo mundo. E é isso que quero demonstrar nos próximos parágrafos.

Voz do coração
Como é sempre bom começar no nível micro para depois chegar ao macro, lembremo-nos, em primeiro lugar, de que nenhum homem é uma ilha. Aliás, nenhum primata é uma ilha, poucos mamíferos são uma ilha, e há inúmeras espécies de vertebrados e invertebrados que jamais serão ilhas. A vida em sociedade é uma excelente estratégia evolutiva, “inventada” (inconscientemente, claro, pelamordeDeus) inúmeras vezes reino animal afora. E a essência da vida social é a interdependência entre os membros do grupo. Antes que os humanos criassem a monarquia absoluta e o monopólio da força (leia-se: da capacidade de encher os outros de porrada) pelo Estado, nenhum animal era poderoso o suficiente para fazer o que quisesse com os membros de seu grupo. Embora os aproveitadores sempre façam das suas, há uma recompensa clara para as sociedades capazes de detectá-los e puni-los.
Essa é uma das raízes das nossas emoções sociais: nosso senso de justiça, a raiva que sentimos diante de trapaceiros e safados em geral, parece derivar diretamente da necessidade de manter os trapaceiros sob controle e salvaguardar as vantagens da vida em grupo. A segurança ligada a andar em bando, o compartilhamento de comida, o uso de sentinelas para alertar contra predadores, entre outros prós de viver em sociedade, são maximizados para todos se ninguém resolver bancar o espertinho.
De forma mais positiva, a vida em grupo também impulsiona instintos como a empatia e a solidariedade, em especial porque, ao conviver no mesmo elemento social, a tendência é que haja interações repetidas entre os vários membros do bando. Passa a valer o lema de que uma mão lava a outra: o instinto de ajudar um companheiro necessitado, que vai se lembrar da boa ação mais tarde, reverte-se em vantagem para você quando for a sua vez de estar em apuros.
Parece até piada, mas os morcegos-vampiros, esses monstrinhos legendários, representam o caso mais saliente de troca de gentilezas do gênero mencionado acima. É relativamente comum que, se um dos bichos alados obtém uma quantidade particularmente substanciosa de sangue em dada noite, ao menos algumas gotas do líquido vão para outro morcego que não conseguiu caçar e poderia morrer de inanição. E o favor costuma ser devolvido com freqüência.

Um conto de dois prisioneiros
Até aqui, espero que tudo esteja fazendo sentido. Temos, no entanto, um problema. Uma sociedade muito certinha, em que todo mundo cumpre as regras, pode se tornar presa fácil de trapaceiros que tomam partido da incapacidade dos outros de coibir sua ação. Afinal, beneficiar-se da proteção social sem ter de pagar o preço da reciprocidade (ou seja, de também seguir as regras) pode ser muito bom para o trapaceiro e sua descendência. Com isso, a confiança que é a base de qualquer interação social corre o risco de se esvair e levar tudo para o buraco. Trata-se, no fundo, de uma variante do famoso Dilema do Prisioneiro, um dos jogos mais simples e fascinantes que existem.
O nome vem do cenário mais comum para o jogo, que na verdade envolve dois prisioneiros. Imagine que você e um comparsa cometeram um crime, foram parar no xilindró e estão aguardando julgamento em celas separadas. E, separadamente, são interrogados. Cada um dos policiais que estão tentando cooptar vocês oferece a liberdade caso um resolva dedar o outro. Se nenhum de vocês entregar o outro, o mais provável é que ambos cumpram uma pena leve e sejam libertados. Se um trair o companheiro, sai livre, enquanto o outro pega uma pena pesada. E, se os dois optarem pela traição, ambos ficam atrás das grades.
A perversidade da coisa é que, racionalmente, sempre vale a pena trair. Afinal, você e seu comparsa estão incomunicáveis, e ninguém gostaria de correr o risco de ficar na posição de trouxa, demonstrando lealdade enquanto o “companheiro” pode sair da cadeia te colocando na fogueira. O exemplo da cadeia é só uma das encarnações do dilema do prisioneiro. Pode-se muito bem argumentar que a corrida nuclear é uma versão apocalíptica do jogo: não é à toa que os americanos costumavam dizer Better dead than red (Melhor morto do que comunista) no auge da Guerra Fria. Como justificar o desarmamento se seu oponente tem um arsenal suficiente para acabar com a sua civilização? É melhor se armar até os dentes também e garantir, pelo menos, que você também vai aniquilar o safado caso alguém seja estúpido o suficiente para apertar o botão.

A sombra do futuro
Há, no entanto, uma saída honrosa para o Dilema do Prisioneiro. Basta que, no dizer dos especialistas em teoria dos jogos, a “sombra do futuro” seja longa. Quer dizer, é necessário que interação entre os oponentes ocorra durante um intervalo significativo de tempo, e não numa única vez. No fundo, isso está muito mais próximo do mundo real: como ninguém vive no anonimato, é bem provável que, se passarmos a perna em alguém no nosso trabalho ou no nosso grupo de amigos, essa pessoa terá a chance de revidar no futuro.
Ora, anos atrás, o cientista político americano Robert Axelrod organizou uma série de competições envolvendo o Dilema do Prisioneiro com uma “sombra do futuro” longa, de 200 rodadas. Axelrod convocou cientistas de todos os calibres para elaborar estratégias – programas de computador que competiriam uns contra os outros para ver quem levaria mais pontos no jogo. A pontuação era o equivalente matemático dos resultados do dilema: uma recompensa considerável quando os dois jogadores cooperassem, uma recompensa gigante para o traidor no caso de seu oponente não trair, uma punição severa para ambos caso os dois traíssem.
Dezenas de programas diferentes se enfrentaram, num esquema todos contra todos, e a pontuação foi computada. O vencedor? Um programa tão simples que seu criador, o finado psicólogo americano de origem russa Anatol Rapoport (1911-2007), só precisou de quatro linhas de código computacional para montá-lo. Seu apelido? “Tit for Tat” ou “Olho por Olho”. As instruções envolviam, primeiro, sempre cooperar na rodada inicial do jogo. Depois, o programa era orientado a copiar a jogada de seu oponente na rodada anterior. Se ele cooperava, o Olho por Olho também cooperava; se traía, ele retaliava a traição.
Duas características do Olho por Olho saltam aos nossos olhos como essencialmente morais. Ele não é maldoso, ou seja, nunca inicia um ciclo de traições. E não é rancoroso: se você for bonzinho com ele, a cooperação será constante, e ambos sairão lucrando sem parar. Finalmente, ele não é um idiota: deixa claro que há conseqüências sérias para o ato de passar a perna nos outros só para levar vantagem. Essa combinação se mostrou tão vencedora que nenhuma simulação do Dilema do Prisioneiro até hoje conseguiu trazer à baila um programa que derrotasse o Olho por Olho.
Longe de mim querer bancar o Obi-Wan Kenobi, mas tudo isso talvez indique que deveríamos confirmar mais nos nossos instintos sociais e ter uma visão menos pessimista de como a seleção natural nos moldou. Gentileza e compaixão, se temperadas com justiça, aparentemente são características de vencedores, e não de perdedores, como às vezes querem nos fazer crer. Nos dilemas do prisioneiro que enfrentamos todo dia, dá para tentar fazer com que todo mundo deixe de ver o sol nascer quadrado.


Por: Reinaldo José Lopes

quarta-feira, 2 de julho de 2008

APRENDENDO DEMOCRACIA COM OS ANIMAIS - (Pelo filósofo: Luciano Lisboa de Andrade)


A palavra democracia vem do grego (demo krateia) e significa "governo do povo". Formalmente, diz-se que é o Regime Político que se funda na soberania popular, na liberdade eleitoral, na divisão dos poderes e no controle da autoridade.

Alguns afirmam que regimes democráticos já existiam em sociedades tribais, mas parece que foram os gregos - 500 anos antes de Cristo - os Primeiros a inventarem uma legítima "Democracia Política Direta" onde todo e qualquer cidadão não-escravo e não-estrangeiro poderia, no mesmo momento, expor o seu voto e sua opinião.

O tempo passou e a democracia só voltou a ser lembrada pelas mentes geniais de Montesquieu, Locke e Rousseau, que estabeleceram as bases teóricas daquilo que conhecemos e adotamos como "Democracia Constitucional", que mistura ideais revolucionários de "Igualdade, Liberdade e Fraternidade" com construções teóricas como "o poder deve ser dividido em executivo, legislativo e judiciário, evitando, desta forma, qualquer tipo de totalitarismo".

SERÁ MESMO?

Tudo é muito bonito no papel, mas e nas ações dos homens? As pessoas possuem mesmo igualdade de direitos e oportunidades mesmo nos EUA? A "Liberdade" é legítima? Quanto mais dinheiro você tem mais "Liberdade" tem também? E a "Fraternidade", então? Vizinhos morrem no apartamento ao lado e ninguém fica sabendo! Nunca se vendeu tantos animais de estimação (legais ou ilegais), e grupos novaiorquinos "vendem" abraços por alguns dólares!

E o povo? Será que cada um de nós estaria realmente preparado para agir como um grego e falar em voz alta: "Eu voto em X e não em Y", "Eu defendo a posição tal com convicção". Será que o nosso cidadão não estará "contaminado" por tudo aquilo que ele viu na televisão ou leu nos jornais e revistas?

A "democracia humana" não me parece lá muito boa afinal (vide os resultados atuais) e por isso proponho a adoção de alguns princípios de uma espécie de "Democracia Animal", observem (todos os dados foram retirados das pesquisas de dois biólogos da Universidade de Sunsex, na Inglaterra: Larissa Conradt & Tim Roper).


1°) A vontade da maioria. Quando ela é respeitada, todos lucram.

2°) Cada membro pode influenciar o grupo. É preciso ser responsável. O veado-vermelho (Cervus elaphus) pára de se alimentar, mesmo com fome, quando o grupo decide partir. Se fosse egoísta atrapalharia a marcha do grupo e colocaria a si mesmo em perigo.

3°) O grupo de Cervus elaphus entra em acordo tácito sobre o melhor momento de parar e o melhor momento de marchar. O "número mágico" é de 60%. Se 60% pára de andar, todo o resto pára também querendo ou não. Se 60% se levanta e anda, todos os outros se levantam também.

4°) Entre os gorilas (Gorilla gorilla) e elefantes (Loxodonta africanus) temos um grande exemplo de bom senso: só os mais "sábios" do grupo têm poder de decisão: interessante saber que não é o famoso "macho-alpha" o responsável exclusivo pela escolha dos caminhos a serem seguidos. Todo o grupo de machos e fêmeas maduras (no caso dos elefantes temos um só macho e várias fêmeas adultas) é responsável pelas decisões, enquanto os mais jovens não "apitam nada". Não seria esta uma lição para os homens para que estes passem a votar com a idade mínima de 25 anos?!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

PETRÓLEO vs. MÚSCULOS = INTERESSES ECONÔMICOS vs. BUSCA DE MELHOR QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AMBIENTAL

É fato que, comparativamente ao mercado automobilístico (e inclua-se aqui suas necessidades e jogos políticos acerca dessas necessidades: leia-se VIAS ASFALTADAS, tanto de circulação no interior de uma cidade como, também, entre cidades e estados), o mercado ciclístico, das biciletas, é muito menos rentável. Não existem "xeiques" no mercado internacional das "magrelas", se pensarmos em termos do poder de influência político-econômica com conseqüências ambientais devastadoras que os verdadeiramente "XEIQUES" do cartel petrolífero mundial têm.
É fato também que as BICICLETAS NÃO POLUEM (pois seu "combustível humano", por assim dizer, não joga na atmosfera o que a queima de combustíveis derivados do petróleo jogam - o monóxido de carbono). MUITO DIFICILMENTE, também, CONGESTIONAM O TRÂNSITO (creio - alguém me avise urgentemente se eu estiver enganado - que NUNCA tenha ocorrido no mundo um congestionamento de trânsito de bicicletas do tamanho dos engarrafamentos DIÁRIOS, por exemplo, da cidade de São Paulo, e que se vier um dia a ocorrer, será muito mais fácil de resolvê-lo do que o daquele). SÃO MUITO MAIS RÁPIDAS QUE OS CARROS DE UMA METRÓPOLE OU MEGALÓPOLE DIANTE DOS ENGARRAFAMENTOS DIÁRIOS EM MOMENTOS DE PICO (como, por exemplo, no horário em que as pessoas vão para o seu serviço de manhã cedo ou dele retornam, por volta das 17:00h às 19:00h aproximadamente). AJUDAM A PROPORCIONAR UMA MELHOR SAÚDE FÍSICA E MENTAL A SEUS USUÁRIOS (além das pessoas que pedalam fazerem um bom exercício muscular, elas também têm um melhoramento de suas condições cardiovasculares, pulmonares e psíquicas, uma vez que alguns hormônios ligados a sensação de bem-estar são liberados durante os exercícios físicos). Dentre várias outras vantagens...
No entanto, e lembrando que os brasileiros não são o melhor exemplo de educação no trânsito, para as pessoas que fazem das bicicletas um legítimo e preferido meio de transporte surgem várias dificuldades, tanto no que diz respeito à postura de condutores de veículos automotores (automóveis, motocicletas, caminhões, ônibus, etc) quanto, e não menos importante, à falta de infra-estrutura viária adequada aos deslocamentos dos ciclistas (e que, por isso mesmo, não serve como incentivo ao hábito de uso da bicicleta como um meio de transporte legítimo à maioria das pessoas).
Tal qual existem motoristas e motociclistas inconseqüentes, certamente exsitem, também, ciclistas - e até mesmo pedestres - inconseqüentes. Porém, tanto motoristas como pedestres normalmente têm vias adequadas aos seus deslocamentos, corretamente sinalizadas dentro das leis de trânsito, construídas pelo poder público, o que os ciclistas, na maioria das vezes, NÃO TÊM. Portanto, apesar de saber as condições e regras de circulação a eles impostas, os ciclistas não gozam de estrutura viária adequada ao meio de transporte ao qual optaram.
Grandes retornos financeiros imediatos para a política ou os políticos, certamente a bicicleta e seu mercado não trazem e não trarão. Porém, é bom lembrarmos que os retornos não imediatos, bem como públicos e ambientais, deveriam entrar no cálculo de "custo-benefício" dos governantes ao pensarem na possibilidade de implantação de ciclovias nos territórios pelos quais respondem politicamente. Com menos emissão de gases poluentes e provocadores do efeito-estufa, as cidades teriam uma menor poluição atmosférica, um menor aquecimento em decorrência de efeito-estufa, menores índices de doenças respiratórias em seus habitantes. Além disso, com a construção das ciclovias e conseqüente melhorias/incentivo ao uso das bicicletas como um meio de transporte legítimo para os deslocamentos diários, desconsgestionar-se-iam muitas vias destinadas ao trânsito de veículos automotores, muitas pessoas - tanto ciclistas, como também motoristas e usuários de sistemas de transportes coletivos - chegariam aos seus destinos mais rapidamente, além, é claro, e não menos importante, da economia que muitas pessoas fariam em relação a recursos financeiros antes destinados ao petróleo (combustível dos automóveis).Em suma, em um contexto atual tão apropriado à implantação das ciclovias (vide os vários motivos expostos aqui - e outros que possam até mesmo ainda ser pensados), só mesmo políticas ou políticos que não quisessem priorizar a saúde coletiva, o bem e o bem-estar comum e a harmonia e sustentabilidade ambiental, não seriam complacentes com tão nobre, politicamente correta e ética causa. Pensem todos - governantes e governados; dirigentes e dirigidos; legisladores e cidadãos - nisto!

Paulo Henrique Marques Lütkenhaus

quarta-feira, 16 de abril de 2008

VEJA DESBANCA CASSETA & PLANETA E PÂNICO NA TV


Essa é nada mais nada menos que a prova de que o jornalismo que a VEJA produzia na era paleozóica AGORA VIROU HUMOR DE VEZ!!!



kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

quarta-feira, 9 de abril de 2008

LULA IRONIZA PSDB E DEM E DIZ QUE ESTÃO “DESTILANDO ÓDIO”


Essa eu simplesmente ADOREI ler... rssss
Afinal, não agüento mais essa DIREITA maldita tentando reverter a situação, como se ela, a direita, fosse a boazinha e a esquerda fosse o próprio "demônio" em pessoa.
É isso aí, presidente, tem que botar pra quebrar mesmo, afinal, o mundo inteiro foi FODIDO é pela direita e não pela esquerda...


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu ontem às denúncias sobre o suposto dossiê montado pelo braço-direito da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a ex-primeira dama Ruth Cardoso e ministros da gestão tucana. Reportagem publicada ontem informa que a secretária executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, deu a ordem para a organização do dossiê.
Em resposta, Lula criticou a oposição. “Estão lá destilando ódio. Ódio que mesmo eu quando era dirigente sindical não conseguia destilar contra meus adversários. Porque aprendi que na política a gente constrói consenso para beneficiar a sociedade”, disse ele ontem no lançamento do programa Territórios da Cidadania, em Delmiro Gouveias, interior de Alagoas.
O presidente insinuou que a oposição está incomodada com a pesquisa CNI/Ibope, divulgada anteontem, que mostrou que a avaliação positiva do governo Lula atingiu o maior nível desde março de 2003 (58%). “E eles governaram este país desde que Cabral aqui aportou. Fizeram e desfizeram. Mas Deus escreve certo por linhas tortas. A pesquisa de ontem (anteontem) deve ter deixado eles incomodados”.Segundo o presidente, a oposição não admite que um torneiro mecânico e retirante nordestino governe o país. “Eu sei que não é fácil para uma parte da elite política do país compreender porque é que um torneiro mecânico retirante nordestino está aqui nesta tribuna e não eles”. Lula afirmou ainda que precisa da oposição para aprovar projetos do interesse do governo no Senado. “É importante lembrar que meu partido só tem 14 senadores. E o senado tem 81. e para aprovar qualquer coisa, preciso ter no mínimo 41 senadores. E estão lá nossos amigos do PSDB, que no primeiro momento trabalharam de forma civilizada. Estão lá nossos amigos do DEM, que tiveram tanta vergonha que mudaram o nome do partido de PFL para DEM”. (...)


Fonte: O Tempo – Belo Horizonte, sábado, 29 de março de 2008. p.5, Paulo Pinto/Agência Estado

terça-feira, 4 de março de 2008

Expulsem o Ianque da América do Sul!!!

Já basta! Até quando a direita, sim, leia-se com letras garrafais A DIREITA, vai continuar agindo com suas artimanhas mesquinhas?
O capitalismo, desde seu aprimoramento durante a Revolução Industrial, bem como suas fases de fordismo, taylorismo e toyotismo, vem fazendo o mundo, a natureza e os seres humanos seus escravos, como se todos fossem meros OBJETOS do capitalismo.
O presidente Álvaro Uribe da Colômbia pegou pesado invadindo territória Equatoriano e bombardeando lá. Seu álibi? O de sempre as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
E até hoje tem colado essa desculpa barata, provavelmente ensinda pelo crápula George W. Bush (cérebro de ameba), haja visto a forma como a imprensa tem noticiado o acontecimento. Sempre têm falado q por ter matado Raul Reyes, 2° maior na hierarquia das FARC, o presidente Hugo Chávez da Venezuela e o chefe de estado do Equador (que me falhou a memória agora o seu nome, o leitor me desculpe), estariam "esquentando o caldeirão" de uma possível guerra contra a Colômbia e Uribe.
Oras, quem está atrapalhando quem cara-pálida??? Quer dizer então q o Equador não tem soberania suficiente para que não seja respeitado??? Quer dizer então que o presidente Uribe pode, sempre que quiser, atacar algum território de algum de seus países vizinhos e pedir desculpas depois??? Li no Jornal O Tempo de hoje (04/03/2008) que por ele (Uribe) ter pedido desculpas que isso poderia ser um sinal de que a coisa toda poderia ganhar um rumo diplomático de resolução da situação...
Será?!!!!! Isso cheira (ou melhor dizendo, FEDE) a mesmíssima política mesquinha que seu tio Bush Júnior tem-lhe ensinado, de atacar e falar FOI MAL, DESCULPE-ME AÍ...
Chega, direita!!! Até quando vocês vão continuar tentando inverter os papéis??? Uribe falou que no computador de Reys haviam notas de agradecimentos dele a Hugo Chaves e ao chefe de Estado do Equador... Gostaria tanto que ele provasse.... Afinal, os EUA bateram insistentemente na tecla de que o Iraque possuía armas químicas (2003) e até hoje bulhufas!!! Lá vamos nós de novo??? Como dizia o Cazuza "um museu de grandes novidades..." Afff......
Gente, Uribe é peça-chave do tio Sam em território sul-americano. Será que dá pra "cair a ficha" de vocês???
É por essas e mais outras que ainda postarei aqui com minha língua afiada, quer a direita goste ou não goste, me desafie ou fique inócua, todas as estratégias SACANAS que a direita têm utilizado para inverter a imagem da ESQUERDA. Ah, por enquanto deixo só uma dica: a banalização que a novela da Globo tem feito em relação a um estudante que é de esquerda, dizendo que o problema do cara é "falta de mulher", e outras formas mais de banalizar de maneira simbólica A ESQUERDA com mais esse seu gesto grotesco.
Agora, finalizando (por enquanto) meu artiguinho simples, convoco a todos vocês:

EXPULSEM O IANQUE DA AMÉRICA DO SUL!!!

Texto Reflexivo do Teólogo Leonardo Boff

O Resgate da Utopia
No desamparo que grassa na humanidade atual faz-se urgente resgatar-se o sentido libertador da utopia. Na verdade, vivemos no olho de uma crise civilizacional de proporções planetárias. Toda crise oferece chances de transformação, bem como riscos de fracasso. Na crise, medo e esperança se mesclam, especialmente agora que estamos já dentro do aquecimento global. Precisamos de esperança. Ela se expressa na linguagem das utopias. Estas, por sua natureza, nunca vão se realizar totalmente. Mas elas nos mantêm caminhando. Bem disse o irlandês Oscar Wilde: "Um mapa do mundo que não inclua a utopia não é digno de se espiar, pois se ignora o único território em que a humanidade sempre atraca, partindo em seguida para uma terra ainda melhor". Entre nós, acertadamente, observou o poeta Mário Quintana: "Se as coisas são inatingíveis, ora!/Não é motivo para não querê-las/Que tristes os caminhos se não fora/A mágica presença das estrelas".
A utopia não se opõe à realidade, antes pertence a ela, porque esta não é feita apenas por aquilo que é dado, mas por aquilo que é potencial e que pode um dia se transformar em dado. A utopia nasce desse transfundo de virtualidades presentes na história e em cada pessoa. O filósofo Ernst Bloch cunhou a expressão princípio-esperança. Por princípio-esperança, que é mais que a virtude da esperança, ele intende o inesgotável potencial da existência humana e da história que permite dizer não a qualquer realidade concreta, às limitações espácio-temporais, aos modelos políticos e às barreiras que cerceiam o viver, o saber, o querer e o amar.
O ser humano diz não porque primeiro disse sim: sim à vida, ao sentido, aos sonhos e à plenitude ansiada. Embora realisticamente não entreveja a total plenitude no horizonte das concretizações históricas, nem por isso ele deixa de ansiar por ela com uma esperança jamais arrefecida. Jó, quase nas vascas da morte, podia gritar a Deus: "mesmo que Tu me mates, ainda sim espero em Ti". O paraíso terrenal narrado no Gênesis 2-3 é um texto de esperança. Não se trata do relato de um passado perdido e do qual guardamos saudades, mas é antes uma promessa, uma esperança de futuro ao encontro do qual estamos caminhando. Como comentava Bloch: "o verdadeiro Gênese não está no começo, mas no fim". Só no termo do processo da evolução serão verdadeiras as palavras das Escrituras: "E Deus viu que tudo era bom". Enquanto evoluímos, nem tudo é bom, só perfectível.O essencial do cristianismo não reside em afirmar a encarnação de Deus. Outras religiões também o fizeram. Mas é afirmar que a utopia (aquilo que não tem lugar) virou eutopia (um lugar bom). Em alguém, não apenas a morte foi vencida, o que seria ainda pouco, mas todas as virtualidades escondidas no ser humano explodiram e implodiram. Jesus é o "Adão novíssimo" na expressão de São Paulo, o homem abscôndito agora revelado. Mas ele é apenas o primeiro dentre muitos irmãos e irmãs: nós seguiremos a ele, completa São Paulo.
Anunciar tal esperança no atual contexto sombrio do mundo não é irrelevante. Transforma a eventual tragédia da Terra e da humanidade, devido às ameaças sociais e ecológicas, numa crise purificadora. Vamos fazer uma travessia perigosa, mas a vida será garantida e o planeta ainda se regenerará.
Os grupos portadores de sentido, as religiões e as Igrejas cristãs, devem proclamar de cima dos telhados semelhante esperança. A grama não cresceu sobre a sepultura de Jesus. A partir da crise da sexta-feira da crucificação, a vida triunfou. Por isso a tragédia não pode ter a última palavra. Esta a tem a vida em seu esplendor solar.

Fonte: Jornal O Tempo, Belo Horizonte, sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008. Página A11.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

FELICIDADE REALISTA (Mario Quintana)

(Foto: Mário Quintana)
A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.